Expectativas de Mercados – 07/01/2022

Na primeira coleta realizada em 2022 do Banco Central para o Boletim FOCUS, os economistas consultados reduziram a projeção para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2021, que deverá fechar o ano com alta de 9,99 %.  Para 2022, o mercado financeiro manteve a aposta de que no final deste ano a inflação medida pelo IPCA cresça 5,03%. Há quatro semanas, por exemplo, a expectativa para o IPCA era de crescimento de 5,02%. No entanto, segundo os economistas que militam no mercado financeiro, as pressões inflacionárias perderão força nos próximos anos. Para 2023, os economistas projetam alta de 3,36% para o IPCA, vindo de 3,46% há quatro semanas.  Para 2024 a expectativa é de crescimento de 3,00%. Para o IPCA de dezembro o mercado aposta em uma alta de 0,67 %, vindo de 0,68% da semana passada.

A expectativa para a alta da inflação dos preços administrados IPCA[1] é de 17,15% em 2021. Para ano corrente, a expectativa é de alta de 4,67%.

A projeção para 2021 segue bem acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) de 2021, de 5,25%. A meta de 2022 é de 3,50% e para 2023 é de 3,25%.

Com relação a inflação medida pelo IGP-M – Índice Geral de Preços de Mercado, a alta projetada pelo mercado ficou em 5,56% para 2022. A projeção para o IGP-M de 2023 ficou em 4,00%, sem, portanto, alterações com relação à semana passada.

Para o juro básico da economia, a SELIC, de 2022, o mercado elevou a expectativa de 11,50% ao ano para 11,75% ao ano. Para 2023, as apostas foram de 8,00 % ao ano.

Para os agentes consultados pelo BC, a taxa do dólar norte-americano fechará 2022 em R$ 5,60.

Com relação ao crescimento econômico de 2021, os economistas apontam para um avanço de 4,50%. Para 2022, as expectativas também foram reduzidas à 0,28%.


[1] No Brasil, o termo “preços administrados” refere-se aos preços insensíveis às condições de oferta e demanda porque são estabelecidos por contrato ou por órgão público. Exemplos de bens e serviços cujos preços são administrados para os consumidores são serviços telefônicos, energia elétrica, gasolina, plano de saúde, ônibus urbano e interestadual e metrô.

Atualmente, os preços de 23 bens e serviços na cesta do IPCA (índice de preços ao consumidor amplo, o índice oficial de inflação do sistema de metas) são considerados administrados. Esses bens e serviços são produzidos por empresas públicas ou são regulados por agências reguladoras, que determinam um percentual máximo de reajuste a cada ano. Na composição dos preços administrados, cabe destacar o importante peso do preço de gasolina, transporte público urbano (metrô e ônibus), medicamentos e plano de saúde. Os preços administrados respondem por pouco menos de 23% do IPCA total.

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