Perspectivas de Mercado – 07/03/2022

Na coleta da pesquisa FOCUS encerrada no dia 4/03, o Banco Central (BC) revelou que os economistas estimam que a inflação medida pelo IPCA termine o ano com alta de 5,65%, vindo de 5,60% da semana passada. Para o ano que vem, a projeção permanece em 5,51%.

De acordo com o banco de investimentos Barclays, o IPCA de 2022 pode chegar a 5,80% ante previsão inicial de 5,30%, segundo o Banco, sua revisão para cima é consequência do aumento de preços de commodities no mercado internacional, especialmente a alta do petróleo.

Para a inflação dos preços administrados (IPCA[1]) a alta esperada foi elevada a à 4,85% para 2022, vindo de 4,77% da última coleta. Para 2023, a expectativa é de alta de 4,28%.

Com relação a inflação medida pelo IGP-M – Índice Geral de Preços de Mercado, a alta projetada pelo mercado ficou em 8,66% para 2022. Há quatro semanas a estimativa para o IGP-M era de 6,99%. Para o IGP-M de 2023, a alta estimada é de 4,09%.

Com relação ao juro básico da economia, a SELIC, de 2022, o mercado manteve a expectativa de 12,25% ao ano, pela terceira semana consecutiva.  Para 2023, as apostas foram elevadas à 8,25 % ao ano.

Para os agentes consultados pelo BC, a taxa do dólar norte-americano fechará 2022 em R$ 5,40.

Com relação ao crescimento econômico de 2022, os economistas apontam para um avanço de 0,42%. Para 2023, as expectativas foram mantidas à 1,50%.


[1] No Brasil, o termo “preços administrados” refere-se aos preços insensíveis às condições de oferta e demanda porque são estabelecidos por contrato ou por órgão público. Exemplos de bens e serviços cujos preços são administrados para os consumidores são serviços telefônicos, energia elétrica, gasolina, plano de saúde, ônibus urbano e interestadual e metrô.

Atualmente, os preços de 23 bens e serviços na cesta do IPCA (índice de preços ao consumidor amplo, o índice oficial de inflação do sistema de metas) são considerados administrados. Esses bens e serviços são produzidos por empresas públicas ou são regulados por agências reguladoras, que determinam um percentual máximo de reajuste a cada ano. Na composição dos preços administrados, cabe destacar o importante peso do preço de gasolina, transporte público urbano (metrô e ônibus), medicamentos e plano de saúde. Os preços administrados respondem por pouco menos de 23% do IPCA total.

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