Exepectativas de Mercado – 14/01/2022

Os economistas que militam no mercado financeiro voltam a elevar suas apostas para a inflação medida pelo IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo, deste ano e passam a projetar alta de 5,09%. Há quatro semanas a projeção era de alta de 5,03%.

No Boletim FOCUS, divulgado hoje, mais cedo, os agentes do mercado elevaram também as expectativas para a inflação de 2023, que a partir de agora projetam alta de 3,40%, contra 3,36% da semana passada.

A expectativa para a alta da inflação dos preços administrados IPCA[1] é de 4,89% em 2022. Para 2023, a expectativa é de alta de 3,95%.

Com relação a inflação medida pelo IGP-M – Índice Geral de Preços de Mercado, a alta projetada pelo mercado ficou em 5,78% para 2022. A projeção para o IGP-M de 2023 ficou em 4,00%, sem, portanto, alterações com relação à semana passada.

Para o juro básico da economia, a SELIC, de 2022, o mercado manteve a expectativa de 11,75% ao ano. Para 2023, as apostas também foram mantidas em 8,00 % ao ano.

Para os agentes consultados pelo BC, a taxa do dólar norte-americano fechará 2022 em R$ 5,60.

Com relação ao crescimento econômico de 2022, os economistas apontam para um avanço de 0,29%. Para 2023, as expectativas também foram elevadas à 1,75%, de 1,70% da semana passada.


[1] No Brasil, o termo “preços administrados” refere-se aos preços insensíveis às condições de oferta e demanda porque são estabelecidos por contrato ou por órgão público. Exemplos de bens e serviços cujos preços são administrados para os consumidores são serviços telefônicos, energia elétrica, gasolina, plano de saúde, ônibus urbano e interestadual e metrô.

Atualmente, os preços de 23 bens e serviços na cesta do IPCA (índice de preços ao consumidor amplo, o índice oficial de inflação do sistema de metas) são considerados administrados. Esses bens e serviços são produzidos por empresas públicas ou são regulados por agências reguladoras, que determinam um percentual máximo de reajuste a cada ano. Na composição dos preços administrados, cabe destacar o importante peso do preço de gasolina, transporte público urbano (metrô e ônibus), medicamentos e plano de saúde. Os preços administrados respondem por pouco menos de 23% do IPCA total.

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